O Amor é o sol da vida, faz sentido e é sentido. Tem de ser partilhado, tem o poder de influenciar e de predestinar.
A cada momento, um momento de
mim, atingi o que julgava inatingível. um cheiro. uma cor. um devaneio. um
sentimento. uma imagem. um mero, quase nada ou um mero, quase tudo.
Criei o meu próprio mundo, a minha
redoma de Amor, a minha vida. Liguei devaneios quiméricos num mundo próprio de
experiências. Porque todos criamos esses mundos de experiências, utopias e
devaneios, só porque quero ir além do palpável. Quero entrar num mundo de
criação, onde os sonhos fazem parte de viver. Um mundo real, mas onde, num ser mais
completo e desprovido de complexos ou paradigmas, se podem unir os sentidos!
Fui mais além, ultrapassei
limites. Sim, ultrapassei. No meu mundo, consegui segregar poemas com a minha
pele, construídos com as estrofes saídas dos olhos, sentidos pelo toque das minhas
mãos, pontuados pelas fragâncias e perpetuados pelos poros que os recitam
apaixonadamente.
Serei sempre o rio que corre para
o mar e espero pelo mais rigoroso inverno, em que a força das águas, concretize
o desejo de me abraçar na sua maresia.
Encrustado em mim, o presente, o meu
único tempo verbal.
Degustar com os olhos como quem
aprecia, ver com as mãos como quem é carinhoso, cheirar com a boca num vaguear suave
de fragâncias, ouvir os aromas da vida como estrofes de primavera e com as mãos
ouvir os sons que o amor produz.
Os sentidos mesclados numa
amalgama de amor, com amor, pelo amor.