quinta-feira, 18 de maio de 2023

Os sentidos

O Amor é o sol da vida, faz sentido e é sentido. Tem de ser partilhado, tem o poder de influenciar e de predestinar.

A cada momento, um momento de mim, atingi o que julgava inatingível. um cheiro. uma cor. um devaneio. um sentimento. uma imagem. um mero, quase nada ou um mero, quase tudo.

Criei o meu próprio mundo, a minha redoma de Amor, a minha vida. Liguei devaneios quiméricos num mundo próprio de experiências. Porque todos criamos esses mundos de experiências, utopias e devaneios, só porque quero ir além do palpável. Quero entrar num mundo de criação, onde os sonhos fazem parte de viver. Um mundo real, mas onde, num ser mais completo e desprovido de complexos ou paradigmas, se podem unir os sentidos!

Fui mais além, ultrapassei limites. Sim, ultrapassei. No meu mundo, consegui segregar poemas com a minha pele, construídos com as estrofes saídas dos olhos, sentidos pelo toque das minhas mãos, pontuados pelas fragâncias e perpetuados pelos poros que os recitam apaixonadamente.

Serei sempre o rio que corre para o mar e espero pelo mais rigoroso inverno, em que a força das águas, concretize o desejo de me abraçar na sua maresia.

Encrustado em mim, o presente, o meu único tempo verbal.

Degustar com os olhos como quem aprecia, ver com as mãos como quem é carinhoso, cheirar com a boca num vaguear suave de fragâncias, ouvir os aromas da vida como estrofes de primavera e com as mãos ouvir os sons que o amor produz.

Os sentidos mesclados numa amalgama de amor, com amor, pelo amor.