sábado, 19 de setembro de 2009

First date


A cumplicidade de um telefonema, a marcação, a espera por um momento foi crescendo, hora a hora, minuto a minuto cada segundo.
O som da campainha soou, o bater do coração cresceu ao ritmo de uma corrida desenfreada.
Abre-se a porta, do nada o rosto aparece, deslumbrante e com uns olhos cintilantes, a admiração apanhou o corpo e a alma.
O momento único, o primeiro após o álcool, a tremedeira, o desejo pairava no ar. O beijo com o coração acelerado. O beijo. Aquele.
Não havia muro que terminasse, o tempo parou, o mundo deixou de girar. Os vícios foram o momento de descontracção e adaptação, a música, aquela música. O corpo, aquele corpo. As palavras, que palavras. Não existia nada, apenas quatro paredes ao alto, testemunhas do encontro, do prazer, do auge do desejo. Mutuo, a palavra, dois em um, o desejo, vaticinava o ambiente criado, uma atracção impossível de contrariar.
Foi e será inolvidável cada um dos instantes passados em comum.

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