A chegada do Outono, faz com que a cama seja grande demais para mim. É uma imensidão. Procuro com o estender do braço a fusão que deveria existir... não encontro.
Um rememorar de um poema gravado!
Os movimentos na superfície, a libertação compulsiva de energia, sucessivos terramotos derivados do tactear do relevo corporal. Navego no calor da transpiração, os poros cedem, a respiração ofegante provoca idiomas intransmissíveis e incompreensíveis.
Percorro a ondulação do teu corpo, traçando o rumo.
Navego lentamente, sem pressa para chegar ao ponto de abrigo, escrevendo as memórias sentidas no diário do comando, palavras saídas do que te descrevo, nos movimentos dos lábios que te percorrem.
Da popa à proa, vou deixando um sistema húmido de escrita, poemas de amor gravados na tua pele assedada, registos históricos banhados pelo suor. Avaliamos a posição dos astros e transitamos por todo o nosso horizonte poético. Uma epopeia de emoções.
O destino numa simétrica ancoração em porto seguro. O clímax da chegada. O aconchego, a unificação perfeita. A estada nas estrelas.
O destino numa simétrica ancoração em porto seguro. O clímax da chegada. O aconchego, a unificação perfeita. A estada nas estrelas.
No desembarque, a arritmia tende a se dissipar na serenidade do nosso abraço. O abraço que pontua, selando a nossa inspirada e transpirada obra.
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